15 de fevereiro de 2009

"... pela Vida"



"Gosto de ver casulos de borboletas. Lagartas feias que adormeceram, esperando a mágica da metamorfose. De fora, olhamos e tudo parece imóvel e morto. Lá dentro, entretanto, longe dos olhos e invisível, a vida amadurece vagarosamente... Chegará o momento em que ela será grande demais para o invólucro que a contém. E ele se romperá. Não lhe restará outra alternativa, e a borboleta voará livre, deixando sua antiga prisão... Voar livre, liberdade. Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses..." (Rubem Alves, in 'Reverência pela Vida')


Fatos extraordinários têm acontecido neste início de ano...
Momentos alegres... momentos tristes...
Eventos totalmente fora da rotina dita "normal", nossa, de cada dia...
Enfim.
Não creio ser importante perguntar o porquê das coisas, mas... o "pra quê" tem martelado aqui no meu 'infinito particular'...

Então, entre alguns dos experimentos que pude escolher para vivenciar, está o livro do Rubem Alves "Reverência pela Vida". Bom. E dele compartilho um trecho, que o autor retirou do 'Bhagavad Gita', poema religioso sânscrito:


"Se o homem põe sua atenção
nos objetos dos sentidos,
sente-se por eles atraído.
Da atração, nasce o desejo;
do desejo, a perturbação dos sentimentos;
da perturbação dos sentimentos, o erro;
do erro, a confusão do pensamento e a ruína da razão;
e da ruína da razão nasce a morte".

Talvez essas palavras expliquem algumas coisas...