3 de junho de 2008

É, meu amigo...


Muitas vezes Pedro você fala
Sempre a se queixar da solidão,
Quem te fez com ferro fez com fogo, Pedro,
É pena que você não sabe não...
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim,
Quando quer chorar vai ao banheiro,
Pedro, as coisas não são bem assim.

Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno,
Eu penso em você meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno...
Pedro onde você vai eu também vou!
Pedro onde você vai eu também vou!
Mas tudo acaba onde co..me..çou!

Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura;
Mas, se não puder cale essa boca, Pedro,
E deixa eu viver minha loucura...
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias,
Quando os dois pensavam sobre o mundo,
Hoje eu te chamo de careta
E você me chama vagabundo.
Pedro onde você vai eu também vou!
Pedro onde você vai eu também vou!
Mas, tudo acaba onde co..me..çou!

Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou à perdição,
Há tantos caminhos, tantas portas,
Mas somente um tem coração.
E eu não tenho nada a te dizer
Mas não me critique como eu sou,
Cada um de nós é um universo, Pedro,
Onde você vai eu também vou.
Pedro onde você vai eu também vou!
Pedro onde você vai eu também vou!
Mas tudo acaba onde co..me..çou!

(Meu amigo Pedro - Raul Seixas)